Mediunidade a serviço
Prezado amigo deste blog, leia
com muita atenção o texto abaixo:
“Há diversidade de dons espirituais, mas a Espiritualidade
é a mesma. Há
diversidade de ministérios, mas é o mesmo Senhor que a todos administra. Há diversidade
de operações para o bem; todavia, é a mesma Lei de Deus que tudo opera em
todos. A manifestação espiritual, porém, é distribuída a cada um para o que for
útil. Assim é
que a um, pelo espírito, é dada a palavra da sabedoria divina e, a
outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência humana. A
outro é confiado o serviço da fé e a outro o dom de curar. A
outro é concedida a produção de fenômenos, a outro a profecia, a
outro a faculdade de discernir os Espíritos, a outro a variedade das
línguas e ainda a outro a interpretação dessas mesmas línguas. No
entanto, o mesmo poder espiritual realiza todas essas coisas, repartindo os
seus recursos particularmente a cada um, como julgue necessário.”
Quem
analise despreocupadamente o texto acima, decerto julgará estar lendo moderno
autor espírita, definindo o problema da mediunidade. Entretanto, as afirmações
que transcrevemos foram registradas pelas mãos abençoadas do apóstolo Paulo, há
dezenove séculos, e constam no capitulo doze de sua primeira carta aos
coríntios.
Observando
as diferentes tarefas em uma Casa Espírita, em que cada colaborador deve
cumprir com a parte que lhe compete da melhor maneira possível, vamos entender
como são realmente diversos os dons mediúnicos. E isso é uma maravilha de se
ver.
A princípio,
parecem ali, os trabalhadores, reunidos aleatoriamente sob o teto sagrado de um
Centro Espírita. Mas enganam-se os que assim pensam.
Reúnem-se
para, juntos, colocarem-se à disposição do Senhor, pois a Ele de fato, pertence
o trabalho de desenvolvimento das criaturas ao longo da jornada evolutiva.
Todos, em trabalho sincronizado, embora com as naturais imperfeições que cada ser carrega em si, devem procurar suplantá-las e deixar prevalecer o sentimento fraterno para que o obra do Cristo não venha a se atrasar por andarmos descuidados.
Frequentemente,
nestas horas de ações coordenadas no Grupo, o Espírito do Senhor induz-nos
ao transe do bem, espalhando suaves eflúvios a todos os integrantes envolvidos
na tarefa de reconstrução da criatura humana. É quando, o discípulo atento,
sente a influência benfeitora da espiritualidade e põe, espontaneamente a
serviço do próximo, os dons, que portador, desconhece. Afinal, qualquer um, bem-intencionado
e de boa vontade, tem na inspiração que verte da Esfera Superior, campo aberto
para a construção do bem.
A criatura que serve pelo prazer de ser útil progride sempre e encontra mil recursos dentro de si mesma, na solução de todosos problemas.
Quem aprende a servir avança e sabe reduzir os embaraços da senda, descobrindo
caminhos novos.
Este
pode ser considerado o maior privilégio da criatura: servir a Jesus.
Para
isso somos privilegiados com os diversos carismas e potencialidades da alma.
Cada um possui uma delas. Ninguém, que já tenha atingido este ponto da evolução,
é incapaz de perceber-se portador de um dom divino. Claro que ainda necessitamos
de muito aprimoramento, principalmente nas questões do sentimento, porém passo
a passo chegaremos lá.
Exercer
a mediunidade em seu estado natural. Avançar da ação mediúnica específica, em
que auxiliamos irmãos encarnados e desencarnados, para a ação inespecífica, que
transcende a função de mensageiro entre as dimensões, mas sim alcança a
condição de fiel intérprete de Jesus, o Senhor e Mestre.
Enfim,
ser médium do Espírito do Senhor, na constante execução de sua Divina Vontade
entre os homens.
À
medida que nos aprofundamos na lição que aponta fazermos o bem a quem quer que
seja como se a Ele estivéssemos fazendo, passamos a sentir mais de perto e
frequente sua iluminada e doce presença.
* Todos os grifos são meus
Referências
(1) Emmanuel. Seara dos médiuns. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 5ª ed. Brasília. Editora FEB, 1961. 234 p.
(2) Ferreira, Inácio. Estudando Nosso Lar. Psicografado por Carlos A. Baccelli. 1ª ed. Uberaba. Editora LEEPP, 2009. 346p
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