segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 

Estudo sério do Espiritismo II

"O espírita convicto sente-se naturalmente compelido a empreender mudanças radicais na existência, na produção particular de um fenômeno ético que influenciará os que lhe estejam em torno".

Inácio Ferreira – Cartas do Dr. Inácio aos espíritas.


A Ciência do século 21, estudando a constituição da matéria, caminha, passo a passo, renovando e atualizando os conceitos sobre a realidade espiritual.

Emmanuel, tutor do trabalho missionário de Chico Xavier na Terra, expressou-se assim na introdução do livro Nos domínios da mediunidade:

“Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como consequência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas”.

Nosso corpo físico não é mais que um turbilhão eletrônico, regido pela essência, que é o Espírito.  De fato, somos um feixe de energia concentrada.

A Ciência, com “C” maiúsculo, conduzida por homens de bem, sem escusos interesses, com suas mentes livres, auxiliarão a elevar a Humanidade para um novo patamar, compelindo-a a rever os seus valores éticos na qual, presentemente, se estrutura.

São chegados os tempos, para os de boa vontade, verificarem por si, a verdade da existência do mundo espiritual que nos rodeia.

Portanto, só não vê quem não quer ver.

Em pleno século 21, todos os dias, milhares de seres humanos deixam a Terra, pelo fenômeno biológico da morte, sem saberem seu destino.

O estudo do Espiritismo está aberto a todos os que quiserem aprender a razão dos fatos da vida humana, que nenhuma ciência até hoje, pôde explicar.

A escola está aberta, porém não creiam os que a procurarem, que é só entrar e ler num livro aberto. Deus põe as verdades à disposição, ou antes, ao alcance do homem, mas quer que este, em seu próprio proveito, ative suas faculdades para arrancá-las das névoas que as envolvem.

Willian Crookes, grande e reconhecido sábio britânico do século 19, precisou de alguns anos nos estudos dos fenômenos espíritas, para afirmar: “são uma verdade”.

Ao contrário de vários cientistas do passado e de hoje, Crookes, estudando o Espiritismo para saber de que lado se achava a verdade, se com os espiritualistas ou com os materialistas, não temeu, achando-a com os primeiros, tornar públicas as suas conclusões.

Por isso, quando Crookes anunciou aos seus pares da ciência que se ocuparia dos fenômenos chamados espíritas, foi um grito geral: “Enfim! Vamos, pois, saber como havemos de pensar”. Mas desde os primeiros artigos, quando Crookes admitiu a realidade dos fenômenos e declarar que os tinha observado, pesado, medido e registrado, o caso mudou de figura.

É o próprio Crookes quem afirma:

“O assunto é muito mais difícil e mais vasto do que parece. Tive a intenção de consagrar um ou dois meses somente ao trabalho de certificar-me se certos fatos maravilhosos, dos quais eu tinha ouvido falar, poderiam sustentar a prova de um exame rigoroso. Porém, ao chegar à conclusão, como todo pesquisador imparcial, que “havia alguma coisa aí”, não podia mais, eu, estudante das leis da natureza, recusar-me a continuar nessas pesquisas, qualquer que fosse o ponto a que elas me pudessem conduzir.

Foi assim que alguns meses se tornaram em alguns anos (1870-1873) e, se eu pudesse dispor de todo o meu tempo, é possível que as experiências ainda prosseguissem”.

Este eminente pesquisador trabalhou com vários médiuns para chegar às suas conclusões, dentre os quais Daniel Douglas Home, e Florence Cook, sendo esta última, com quem realizou as famosas sessões de materialização do espírito Katie King.

Pasmem caros leitores, foram três anos com sessões de materializações, quase diárias. Médium e o espírito se submeteram a todas as exigências que o rigor científico requeria, dentre diversas experimentações, observações e exames científicos. Três longos anos de pesquisas, realizadas por um dos mais ilustres cientistas do mundo à época.

William Crookes comenta, entusiasmado, dos muitos resultados encontrados em suas pesquisas sobre os fenômenos espirituais:

“Seguindo o plano que adotei em outras circunstâncias, tinha eu a intenção de apresentar os resultados de meu trabalho sob a forma de um ou dois artigos para aos leitores do Quartely Journal of Science (renomada revista científica da época). Mas, revendo as minhas notas, achei tal riqueza de fatos, tal superabundância de provas, tão esmagadora massa de testemunhos, que, para as pôr todas em ordem, era preciso encher vários números da revista”.

 

O eminente cientista, dentre outros fenômenos, observou e estudou:

- Movimentos de corpos pesados, sem esforço mecânico;

- fenômenos de vários tipos de sons;

- mesas e cadeiras elevadas do chão sem ninguém tocar;

- movimentos de objetos colocados à distância do médium;

- elevação de corpos humanos;

- transporte de objetos;

- aparições luminosas (objetos e mãos);

- escrita direta;

- materialização de espíritos.

Ao constatar que os casos eram verídicos, insofismáveis, ele rendeu-se à evidência, curvou-se diante da verdade, tornou-se espírita convicto e afirmou:

"Não digo que isto é possível; digo: isto é real!"

Na conclusão deste artigo, transcrevo pequena, porém fundamental parte do discurso que o ilustre sábio Sr. William Crookes, da Sociedade Real de Londres fez em setembro de 1898, no Congresso da Associação Britânica por ocasião da apresentação de suas conclusões:

“Trinta anos se passaram desde que publiquei as atas das experiências tendentes a mostrar que fora dos nossos conhecimentos científicos existe uma força posta em atividade por uma inteligência diferente da inteligência comum a todos os mortais. Nada tenho que retratar dessas experiências e mantenho as minhas verificações já publicadas, podendo mesmo a elas acrescentar muita coisa. O Espiritismo está cientificamente demonstrado”.

Então prezado leitor, não precisamos esperar pelo aval da ciência moderna afirmando categoricamente sobre a realidade dos fenômenos espíritas. Tal constatação já se deu pela Ciência do século 19, que pesquisando fortemente os fenômenos, certificou sua realidade.

O Espiritismo, como filosofia racional, não tem rival; como filosofia moral, é idêntica à de Jesus, até porque trata-se da explicação das máximas do Cristo e como filosofia científica, revela um mundo novo. Porém, para muitos sábios dos tempos modernos, só os loucos e os imbecis podem perder tempo com ele!

Adiante todos, homens de bem, estamos na era do Espírito!

 (*) todos os grifos são meus.

Referências:

(1) Ferreira, Inácio. Cartas do Dr. Inácio para os espíritas. Psicografado por Carlos A. Baccelli. 1ª ed. Uberaba. Editora LEEPP, 2008. 240p.

(2) Luiz, André. Nos domínios da mediunidade. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 15ª ed. Brasília. Editora FEB, 1955. 285p.

(3) Crookes, William. Fatos Espíritas. Editora FEB, 1971. 160p.


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